sexta-feira, 26 de novembro de 2010

outofmymind.


Sempre criei uma maneira de me esquivar daquilo que me é impossível de reconquistar. E desta vez não foi diferente: troquei minha admiração por desdenho, os antigos desejos mais indiscretos por omissos comentários. Já me acostumei com essa sua nova imagem, esse seu novo jeito de ser, já não me afeta a indiferença, apenas me contagiou. Só uma coisa que o meu instinto sente falta: sua essência. Porém, descobri que ela não era produto totalmente exalido por você. Achei o seu segredo numa farmácia e eu o guardo no meu guarda-roupa. Numa embalagem de metal de 150 ml (90g).

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

frívolo.

E a agonia e o vazio se faziam ainda presente nas minhas tardes. A desesperança de quem 'nadou tanto e vai morrer na praia' já não é alheia a mim. E tudo que me dá uma mera felicidade, eu sei que vai me deixar, em breve. Eu sei eu sei eu sei.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Depois de tanto tempo, sinto decepcionada com essa data. Como assim 18 anos? Eu ainda assim: escrota. Pensava eu, há 3 anos atrás, que estaria hoje mais alta, com mais peito e mais experiência. Namorando, ganhando um carro e mais adulta. Agora estou eu aqui. Escrevendo ficções no meu blog. Totalmente feliz (?)

Coragem e introduções.

16:48 / padaria. larica. colírio na bolsa. e alguem.
'Oi você que não me conhece, talvez por nome saiba que eu sou. Pois é. Não sei porque eu estou aqui agora me apresentando. Cadê a minha timidez e o meu medo de ser rejeitada? Sei lá, só achei que você seria uma pessoa legal de se conhecer. Talvez seja os seus óculos de aros grossos ou talvez é este livro que você carrega e é o mesmo que eu estou lendo. Que página você está?'
'' E cada qual no seu canto, e em cada canto uma dor''
Aos poucos vejo que tudo aquilo se tornou banal. Não pelo fato de que tudo - simplesmente tudo - cair no sistema mas, foi por desleixo nosso. Não é a mesma coisa, e eu já nem me lembro se algum dia chegou a ser melhor do que está agora. A indiferença, o 'eu te odeio' de cada dia e a mesma sensação ruim ao deitar, me deixa amarga. Estou envolta a um labirinto. A cada meia volta, eu retorno ao mesmo ponto, mas já não está fácil esquecer, não está fácil aturar. Eu só quero uma saída, uma saída que não tenha plantas espinhosas para machucar as minhas mãos.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Já não vale mais.

Eu estou te perdendo. Eu estou me perdendo. Já não sei e não me importo mais com as consequências que me derrubarão. Já estou derrubada. Derrubada desde aquele dia, em que temei ir contra minhas verdades e criação. Agora, encare. Vai ser assim. Escapando das angustias como se quem quer escapar da morte, e conscientemente, caminhando em direção da própria. Não refutando que esse é o destino de todos que vivem, apenas a antecipando. Já não anda valendo de nada mais mesmo.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

é.

Vai, me leva tudo o que me resta! Mas deixe as baratas, bactérias e outros seres que me dão asco para devorar o que de fato é meu. O meu pulmão cheio de fumaça, densa, densa, densa e brisa. Meu cabelo sujo e desgrenhando. Meus tênis ridículos que já se incorporaram ao meu corpo, e o meu débil jeito de abraçar. E por fim, finque a bandeira aqui, bem aqui no meu peito, no seu território.